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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Já ouviu falar da EPIDEMIA DO SUOR MALIGNO? *O*

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Annyeong!
Novidades! Vai ser montada hoje o canal, meu e da minha best.
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TOMARA, que sejamos bastante conhecida na internet.
 E ficaria muito contente, de quem lê meus artigos, que possa ler minhas expressões também.
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Espero que vocês gostem. 
Julies retro Art page:
Quando estiver tudo pronto, irei postar aqui.
Um beijo no kokoro de vocês!
Woman blowing kiss pop art.:

A epidemia do suor inglês.
O suor inglês conhecido como sudor anglicu, atacou a Inglaterra cinco vezes. Foi uma epidemia devastadora que entre 1485 e 1551 matou três milhões de pessoas. A epidemia sempre vinha no verão, o suor matava em até 24hrs, às vezes em apenas 3hrs.
O relato feito pelo italiano Polydore Vergílio em 1485, um dos primeiros conhecidos da doença, é assustador:
 
“Em 1485 uma nova doença atingiu todo o reino… uma pestilência de fato horrível… repentinamente um suor fatal ataca o corpo, devastando-o com dores na cabeça e no estômago agravadas pela terrível sensação de calor. 
Em decorrência disso, os pacientes retiravam tudo o que os cobria; se estivessem vestidos, arrancavam as roupas, os sedentos bebiam água, outros sofriam dessa febre fétida provocada pelo suor, que exalava um odor insuportável…
todos morriam imediatamente ou pouco tempo depois do suor começar; de tal modo, que um em cada centena escapava”.
 
O relato do médico real John Caius, feito em 1552, logo após a última epidemia, é mais técnico, mas nem por isso menos assombroso:
 
“Primeiro a dor nas costas e nos ombros, dor nas extremidades, como braços e pernas, com ardor ou espasmo, como se apresentava em alguns pacientes.
 
No segundo momento apareciam as dores no fígado e nas proximidades do estômago. Na terceira fase surgia uma dor de cabeça acompanhada de insanidade. Na quarta, o sofrimento do coração… pacientes respirando aceleradamente e com dificuldade… com a voz ofegante e lamuriosa… não resistiam mais do que um dia.”
 
Os tratamentos eram inúteis, as pessoas chegaram a "conclusão" que para salvar a pessoa, tinha que a fazes suar ainda mais para "expulsar" a doença.
 Com isso quando alguém apresentava o primeiro sintoma era coberto por roupas, mantas e cobertores. Em pouco tempo a pessoa tinha febre, muito suor e morria. Os familiares achavam que não tinham começado o "tratamento" a tempo. 
Lutero foi um dos poucos que contraiu a estranha doença e sobreviveu em 1529.
Em 22 de junho, mesmo dia em que Ana Bolena ficou de cama, William Carey, marido de Maria Bolena, também sucumbiu à doença.
O rei respondeu enviando seu segundo melhor médico, William Butts,
“O médico em quem coloquei mais confiança, quando poderia me dar mais alegria, agora está ausente…”.

Butts carregava uma carta de “solidariedade e apoio” de Henrique VIII, assinada com as iniciais ‘H’ e ‘R’   flanqueando um coração e ‘AB’. Henry pediu a Ana “… para seguir os conselhos dele (Dr. Butts) sobre sua doença, para que assim eles em breve pudessem ficar juntos novamente…”, e que ele (o rei) então ficaria “mais feliz do que se tivesse todas as pedras preciosas do mundo”.
Felizmente tanto para Butts quanto para Ana, ela e seu pai se recuperaram.
Em 1551 a doença desapareceu tão misteriosamente quanto havia se iniciado...
Qual foi a causa desta assustadora doença?
Alguns sugerem que a doença do suor foi trazida em 1485 da França, pelos exércitos de Henrique VII.
Infelizmente, a origem e causa exatas são desconhecidas, embora muitos historiadores concordem que provavelmente, tenha sido relacionada com a doença moderna, conhecida como Hantavírus
O problema com esta teoria é que a Síndrome Pulmonar por Hantavirus é uma “doença mortal transmitida por roedores infectados através de urina, fezes ou saliva”.
 Já a doença do suor era transmitida de humano para humano.
Além disso, a maior parte dos infectados pela doença eram homens de status elevados e saudáveis, embora as mulheres não fossem imunes. 
Provavelmente os Tudors mais pobres teriam entrado com mais frequência em contato com roedores e suas fezes que os Tudors mais ricos.
Outra teoria proposta é uma febre recorrente, transmitida através da picada de piolhos e carrapatos, embora isso novamente não explique por que a doença do suor foi mais dominante na alta sociedade.
Charles Brandon, 3º Duque de Suffolk
Outro fato que descartaria essa hipótese é que o Hantavírus deixava uma crosta negra no local da mordida e o pessoal encarregado dos cuidados e enfermagens dos afetados pela doença na época Tudor não teriam feito nenhum relatório a respeito desse detalhe tão importante.
Assim, parece que a doença do Suor Malígno é outro mistério Tudor que vai continuar a nos intrigar por muitos e muitos anos…
Fontes :

- Thainá Dominguês Benasse
 

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