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terça-feira, 17 de junho de 2025

Precisamos?

 É insuportável estar consciente o tempo todo.

Dizem que a inteligência é um fardo. Mas o verdadeiro fardo é ser empática e estar ciente de tudo o que faz — e também do que os outros fazem com você. Isso sim é um baita fardo.


Quando buscamos ser acolhidos, compreendidos e — ouso dizer — aceitos, as pessoas julgam e apontam o dedo, dizendo que precisamos ser mais pacientes. Afinal, “a pessoa pode estar em um mau dia”, ou “é só o jeito dela”.


Sinceramente, estou cansada de ser tão compreensiva com os outros. Porque, quando chega a minha vez de me sentir mal, dizem que estou exagerando, ou que preciso de ajuda. Ou, preciso me conter mais...Já que tenho que ser compreensiva com os outros... 

'' E isso faz esquecer toda vez de mim...''


E quanto às pessoas que me fazem sentir assim? Que inclusive reforçam esse discurso? O que elas precisam?

Já me perguntaram: “Por que você se importa?”

Talvez a resposta esteja mais fundo do que parece. 

Talvez seja uma ferida dentro de mim....
Ou talvez seja porque eu sou uma pessoa correta, sensível...

'' Analisando, prevendo.. todo o tempo...''



 E, tá tudo bem ser assim.
Ser sincera e sensível. Desde que, nesse processo seja mais para si, do que ser aceita por outros. 
Faça isso, não para entende-los na expectativa de não se sentir rejeitada, no entanto, no aprofundamento da sua alma, e a lição que te leva essa reflexão. 

Não vou mais tentar justificar as atitudes dos outros, mas também não vou continuar me invalidando, principalmente quando estou desconfortável.

Tudo bem, não estar bem.
Tudo bem levar algo para o lado pessoal, (às vezes) (apesar que, da maioria das vezes, é).

No entanto, isso precisa ser um problema?
Algo que eu precise “consertar”?
 Preciso mesmo ser perfeita e compreensiva o tempo todo com quem me magoou — mesmo que tenha sido só naquele momento?
EU PRECISO?

Bem... ficam aqui alguns questionamentos:

Sou sistemática? Empática? Sensível? Exagerada? Compreensiva demais?

Preciso de tratamento?

E aí? PRECISAMOS?

- Thainá Dominguês Benassee

domingo, 28 de janeiro de 2024

A LÍNGUA QUE SE ENROLA, E O CORAÇÃO QUE SE DÁ NÓ - ( Na hora da raiva )

 A LÍNGUA QUE SE ENROLA, E O CORAÇÃO QUE SE DÁ NÓ - 

( Na hora da raiva ) 


~~ CARTA PARA MIM, E PARA TODOS QUE ENGOLE O AMARGO DOS OUTREM. ~~

Sempre me perguntei o que os sentimentos são, e seu proposito. Ênfase, a RAIVA.

Ensinar a evoluir. Creio eu!

Mesmo em momentos de raiva, gradativamente eu amadureci em como lidar com tantos maus gostos na boca. 

''A garganta entalava e secava, minha língua queria falar muito, mas eu nunca conseguia. Uma criança fraca e muda.''

''Aos poucos, na adolescência, comecei a ser '' a boca suja'', ''respondona'', ''imatura'', ''era tão linda, tão feia agora'', simplesmente porque minha língua vibrava na mesma sintonia da maldade das más bocas.''

''Logo, adulta, vi-me frustrada por ter que voltar a ser muda por opção, ter que medir as palavras para não acabar sendo excluída, ou então, demitida. Segurando o instinto para se viver em sociedade. 
Com o tempo engoli minhas próprias vontades que se eclodiam dentro de mim. Minha pele ruborizava, meus dentes pressionavam tanto de noite quanto de dia, uma briga de sentimentos que se findaram e mergulhavam em mim(ATÉ HOJE). Eu era o vulcão da frustração e ansiedade.

Até que, aprendi novamente, perante as circunstâncias, que as pessoas lidam do jeito delas.
Querem passar o que não podia falar no momento do dia, para com seus EMPREGADORES, para passar para os que eles EMPREGAM. Um ciclo vicioso. O superior para o inferior, mesmo que seja um momento do dia, ou lugar.
Ressalto, aprendi. (Respiro fundo, mais profundo que posso), fico vermelha ainda, ódio transparente em minhas feições ,mesmo tentando me controlar e me acalmar, não responder da mesma forma. Tentando não levar para mim.

Dado que, é tudo sobre como eu lido e encaro.

 É insuportável ás vezes? É claro que é. Quiçá, eu tenho a sorte de ter alguém ao meu lado, ou algumas pessoas que partilham daquele momento de desabafo, mesmo que no final, elas podem ser as pessoas que irão me torturar, mais para frente. Eu agradeço mesmo assim, pelo momento de partilha.

Então, expire... INSPIRE. Ocasionalmente, as pessoas não sabem quebrar o ciclo, e só pensam em como tirar a dor que elas carregam em si para com os outros.
Basta você entender, que você não é a culpada/o, e não tem que levar a culpa das dores de outros.


Lembre-se, caso você não fez nada de errado, e cumpriu com seu papel como pessoa ou profissional, a culpa só será sua se você CARREGAR com você.
Não se doa para os outros, eles não fazem por você, você tem que fazer por onde. POR VOCÊ.


- Thainá Dominguês Benasse ( 28/01/2024)

para minha eu de todos os tempos.


sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

O fim de um começo, o começo de um fim.

 O fim de um começo, o começo de um fim.

Bem-vindo, 2024.

Bem-vindo a uma nova era, que ainda repete as antigas. Os antigos padrões de comportamentos. Um antigo rancor ou perdão, um amor ou um odiado, guerras ou temporária paz. 

Eu não sei o que dizer para você, 2024. Eu tenho esperança que você seja algo novo; quiçá, lembro-me que o novo deve ser nascido a partir de cada um de nós. Tal esperança, depende de nós.

(Mangá - I want to be you , for one day)

Um planeta que está se adaptando, e futuro humanos instintos. 

O planeta sobreviverá, nós, não.

Antigas, repito, antigas canções. Das quais insistimos em repeti-las, por nós ocasiona nostalgia ou algum sentimento momentâneo. Vejamos pelos fogos de artifícios. Pessoas, mesmo proibido, insistem em o soltar. Não tem respeito pelos doentes, animais ou pessoas autistas. 



E enfim, o ciclo se repete, finda-se, e ''renasce-se'', e o que é para ser mudado, não o corre.

Não... algo muda. As pessoas que antes convivíamos, compartilhávamos nossas tristezas, ou felicidades(ainda repetindo o padrão coletivo), só que, algumas têm que partir, é normal, natural. E está tudo bem.

Repito, é um ciclo.


(mangá - Operation Name Pure Love)

O verbo Repetir continua aparecendo, porque as pessoas nunca aprendem com seus erros. Já que, é mais fácil justificá-los com suas crenças ou exemplos de outros ''pecadores''.

VENHA 2024, tentarei não repetir, novamente. 


- Thainá Dominguês Benasse

( mangá- I want to be you, for one day)



domingo, 22 de outubro de 2023

Ser mãe... O que é ser mãe? Obrigação ou bem-querer?

 Negar a verdade de querer se encaixar em um grupo, é mentir nossa genética, ou talvez, nossa psique. 

Ao ver algumas pessoas regojizando pela minha querida irmã/prima estar grávida, eu também fiquei. Porém, algumas pessoas precisam impor suas verdades em você também.

Fizeram uma afirmação-interrogativa para mim.

- Não é lindo essa ocasião? De ter um bebê na barriga assim? Não é emocionante.

- Não. -- risos embaraçosos.

- Não pensa em ter o seu?! -- cara indignada.

- Não. -- timbre normal, face quase dando um riso, segurei.


- Como assim?! 

''Apenas acho que ninguém é obrigado a ter um filho por influência de outros. Ter um filho é algo além de QUERER ter um. É ter psicológico para isso. É nascer em um mundo que não esteja acabando por conta do meio ambiente, e pelas futuras doenças que irão chegar, ou se gerarão futuras gerações. É cabível colocar um ser nesse mundo sabendo o quão irá sofrer? Sendo mãe, no futuro, isso seria legal? 

' E A EXPERIÊNCIA DE UMA VIDA? ' Poxa, irei ser tão egoísta ao ponto de pensar apenas na satisfação das minhas emoções ao invés daquela que ainda não nasceu? Colocar meus ideais, meus sonhos, em um ser humano que se formará para ser o que ele quiser, e tratar quem quiser, incluindo a mim, da maneira que ele nasceu para ser? Não, eu sou mãe, mãe de 3 cachorros, que são minha vida. E essa responsabilidade já basta. É uma responsabilidade que enche meu peito de angústia só de imaginar que eles não estarão comigo minha vida toda. QUe eu não poderei os beijar como eu os beijo todos os dias. Ou brinco, sorriu, preocupe-me. Essa angustia já o suficiente para quebrar meu coração.

- Foi isso que respondeu? -- questiona meu amigo com cara preocupada.

- Não... Só falei que queria ser igual o filho dela. Preferiria viver a vida despreocupado. 

- Ah...

Thainá Dominguês Benasse

domingo, 23 de julho de 2023

O que seria Você, Morte?

 O que seria a morte?

Ao encarar minha amiga lamentando a morte de seu avô, deparei-me com a seguinte pergunta:

- O que seria Você, Morte?

Um eterno lembrete que somos finitos? O cheiro de gérberas e margaritas? O lamento dos que ficaram? A dor?

Talvez a morte seja tudo isso e um pouco mais.

Apenas sinto que a morte é algo normal, apesar de não esperamos por ela. Em alguns casos, já é.

Ressalto, Estar preparado para ela, é bem diferente de saber que ela irá acontecer.


Nesses momentos é inevitável a dor, a dor de não vê-los mais, abraçá-los, ouvi-los, respirá-los... 

Arrisco dizer que a morte é saudades de tudo que já foi...

- Thainá Dominguês Benasse


domingo, 23 de abril de 2023

A intensidade, e seu tempo de duração.

 Pensamentos~~  23/04/2023

Fotos: MANHWA : Cotton Candy e DayDreamer

A intensidade do que sentimos é medida pelo momento vivenciado. Sempre achei isso. É algo vago. 

Apesar disso, alguns sentimentos, esfriam, outros nem tanto.Mas... O que faz permanecemos sentindo o mesmo após tantos anos? 


Veja, sentir, no sentido de amar, não é paixão que se esvaecer rapidamente logo ao descobrir uma característica ruim da pessoa. E sim, o amor, que apesar disso, continua querendo saber mais, e beijar suas feridas expostas, e feias. O que faz?

Não se ver como perfeição, ou o outro, como uma perda de tempo. Vê-se, com uma pessoa a se dar uma chance. No seu limite, óbvio. Ninguém, quer alguém abusivo, e manipulador.


Observar a pessoa bem fundo, e se dar uma chance de mostrar o seu eu com a mais profundidade de si.
Isso é amor. Não é só fogo. É o frio, é o sossego, a calmaria. E, às vezes, o fogo.


- Thainá Dominguês Benasse

Obs.: Essa postagem é para aqueles que não conseguem começar uma relação e mantê-la por muito tempo. Dado que, há pessoas que são casadas algum tempo, e não conseguiram manter a relação outros motivos. O que retrato nessa postagem, seria aqueles, que nunca conseguem. Por impaciência própria, ou autorreflexão. 

domingo, 4 de julho de 2021

Emaranhado de Linhas

 

Emaranhado de Linhas



Era crochê? Era bordado? Não sabemos. Só sabemos que as linhas estavam tão fixas, tão certas... Todavia, houve um enroscar, um feito no tecido. Desfiou, formaram-se bolinhas, e interrompeu o percurso...

Estou sendo impedida? Será uma aprendizagem?

Vamos pensar sobre...

Apesar dos desafios dessa pequena avalanche de plumas, essa parada fez-me refletir.

‘’ O que somos da vida, a não ser o que fazemos dela?’’

Isso é realmente doloroso. O que poderia fazer quando o que realmente eu quero alcançar, demanda a ida de minha essência? A mudança dela? Ou será que todos estamos suscetíveis a aprimora-la e mostrar mais como somos ao lidar com a vida?

Não sei... apenas sabemos que nesse momento, essas linhas estão me devorando... De um jeito, terrivelmente desnecessário, a meu ver.

O que não sabemos se seriam ao ver de todos.

- TDB.




sábado, 28 de novembro de 2020

Qual é o Bem e o Mal da Escolha?

 

O que será que esconde através de atitudes e palavras? 

Será ser a verdade que todos querem ouvir? Ou será ser a bendita verdade?

O que fazemos de bom para si mesmo, comove o nosso próximo? Ou se permanece? 

Será que um dia, iremos olhar com ternura aquilo que deixa os outros felizes?  Ou teremos, SEMPRE, inveja daquela felicidade, e suponhamos que pertence a nós?

São tantos '' O que e Será'' que me perco em um tempo que eu sei que talvez, nunca irá existir. 

Artista: Minuma River at Omiya - Obra: Hasui (1883- 1957)

Aprecio a bondade do homem, todavia, abomina-me as minhas únicas satisfatórias certezas que causam paúras em outros.


O que é ser desigual, quando todos são e desejam o igual; ou seja, A satisfação própria, mesmo que isso horripile o outro.

Só tenho uma certeza:

Artista: ZandraArt 

 Que o certo e errado está naquilo em que não machuca, tanto o físico e psicológico, a outra pessoa; que apesar de nossos gostos e liberdade de expressão, sempre terá uma lei, a máxima, de que 

DON'T HURT WHAT I CHOSE. 

( Não machuque/magoe o que eu escolhi) 



Thainá Dominguês Benasse


Criado: 28/11/2020 Contexto


quarta-feira, 10 de junho de 2020

A postura tarde corrigida


A postura tarde corrigida

Ao cambalear durante uma infinidade de tempos, horas, e minutos que duravam dias, seguiu-se de forma robusta ao ver o que o mundo estava se tornando.
A atmosfera não era mais a mesma, as pessoas se tornaram mais e mais amargas a procura de um conforto em meio a desordem.
Achava-se que tudo iria se acertar um dia, o seu erro foi achar que nada iria acontecer com essa pandemia.

Gozava da vida como se não fosse nada, na calada da noite, bebia aos montes, e fazia travessuras com diversas mulheres, enquanto essa tal gripe agitava milhares de corações, e explodiam pulmão de outros.


Deu-se por si, quando percebeu que aquela pessoa que mais amava, sua mãe, com aquelas pequenas rugas que demonstrava o difícil de sua vida, e até mesmo ele as deu a ela. E as tristeza de vê-la partir...
Rebelou-se contra a seu Deus, porém caiu em si.


Uma morte teve que acontecer para reconhecer sua insciência

Não mais andava, se arrastava. Digo postura correta, da percepção que seus atos trouxeram para dentro de casa, e com ela, a calamidade em que expôs, e pereceu sua mãe.

A postura que não nega na sua consciência e em seu coração.

  1. Cambaleiam, aquelas que se arrependem;
  2. Ajoelham, aqueles que temem;
  3. Choram, aqueles que perdem;
  4. Ignoram, aqueles que são ignorantes.

ARTISTA: Sugarmints


- Thainá Dominguês Benasse

sábado, 2 de maio de 2020

Onde não há...


Onde não há...

Como novas línguas são formadas, novos sentimentos se apertam nele.

Começou a observar o céu, inundado de nuvens vaporosas;
Seus olhos foram invadidos pela imensidão que continuavam em seu interior.

Era, quase sempre assim, a versão de si tornava-se a melhor ao divagar a natureza que o rodeia.

Aquilo tão belo, mas tão pouco notado.

Em consonância com aquele tempo de reclusão, sonhava em voar sobre aquele mar negro novamente. 
Onde exercia não só sua profissão, como também, sua filosofia.

A terra sobre seus pés, nada mais era uma solidão desolada, onde criavam-se histórias, dais quais eram para conquistar votos, e não questionar mentiras.

Sonhava em volta para o céu todas as noites, para fugir da falsidade que sempre se instalou na terra.

Sobe-se o que sai da terra, porém, menos pior, es este lugar, onde ele poderia ficar... Que não seja tão tóxico como a vida dessas pessoas.

‘’ Quando eu sair dessa reclusão, cairei no oceano de nuvens.‘’



- Thainá Dominguês Benasse

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Eu me CRIO



Martelo contra o tempo...

O impacto que sempre dou em quaisquer lugares, sinto que volta de alguma maneira, sem permissão, não o que desejo, em contrapartida, vem como um pesadelo.
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Muitas vezes, as batidas vivenciadas com flama, se desdobra como queimaduras, em consequência, suas bolhas incomodantes e injuriosas aparecem; também a prazeres, como a brasa intencionada com meus quereres, resulta em leves afagas chamas que me aquecem.


Dada as tantas incertezas, ou especulações, sei que a vida tem que ser sentida a base da experiência, e nela não tem flores apenas. E por isso, não... Por mais esse motivo, devo encara-la como um desafio para crescer mais uma vez. Não pelo econômico, não por outros, mas por querer conquistar seja qual for o mundo que eu  queira.

Ouvi uma vez, que a liberdade é fajuta, e só inventamos o que somos para dar sentido em nossa existência. 
Pois bem, mesmo que for isso, aceito esse tipo de trama. Irei me reinventar da minha maneira e segundo o que minha mente quiser. 
Respeitando aos outros como um todo, as pessoas que amo, e as que quero conquistar neste vários outros mundos. Aprendendo, respirando, e criando meu eu da minha maneira.

Na minha existência, eu me vivo. Eu me crio.

ARTISTA MUITO BOM! (PRIMEIRA IMAGEM)


Thainá Dominguês Benasse


quinta-feira, 2 de abril de 2020

Pisoteando de Botas


PISOTEANDO DE BOTAS

‘’ Não, não era para ser. ’’ – se indagava ao ver a casa toda bagunçada, e junto delas centenas de insetos repugnantes.

- Eu não acredito que você faz questão de ser comido antes pelos insetos. – bradou com aquele homem deitado ao chão, e com um monte de garrafas vazias ao seu redor.

- V-vo-cê acredita que ontem... – repensou o que ia falar. – Não, assim, posso dizer que bebi, mas eu estou são.

- Certo... Certo. – sua paciência estava se esgotando, coloco seus dois dedos em suas têmporas, e começou a falar baixinho, pois como era apartamento todos poderiam ouvir seus gritos e o quão queria mata-lo. – Deixa eu te contar uma coisa... Você, filho, não mora sozinho. – aos poucos sua voz iria se alterando. – Quantas vezes eu te falei para parar de ser mimado, e cuidar do apartamento que dividimos? – ao caminhar mais para frente, suas botas enroscaram nas sacolas incontáveis no chão.

‘’ Como eu vim parar nesse apartamento?’’ – ao se questionar sobre, começou a divagar injuriada por tudo que passou. As consequências de seus atos inocentes, a fez estagnar naquele muquifo. Era necessário dizer, deveria dizer. Concentrou-se novamente naquele esfarrapado.

- Você é um inseto, então viva como um.  – sem remorso, ficou o pisando com sua bota de couro, da qual, sempre a dava forças para enfrentar as circunstancias da vida; Avisará que a paciência dela é curta, não igual suas ações.

A história de sua vida sempre foi tomada pela fúria, tratada como algo que precisava cutucar,pular, ignorar, cansou de ser boazinha, se a vida a pisou, ela pisará em dobro. Suas botas equivalem sua trajetória. Sua mãe as lhe deu com mesmo intuído.

‘’- Enfrente a vida, minha querida filha, não tenha medo de lutar pelo que você tem de direito, essas botas que muitas vezes caminhou sobre o martírio, agora devem caminhar com você para fazer valer a pena tudo que passei por você; Saiba aproveitar o doce, mesmo vivenciando o amargo. ’’


Assim sendo, PISOU, PISA, PISARÁ no que precisar.

*

- PARA SUA LOUCA! – gritava o homem bebum.  

Em um movimento rápido, depois de o deixar vermelho, marcado pelas botas, ela agachou, e ficou no mesmo nível dele, baixo, o fixando nos olhos, abriu a boca para sugerir algo, todavia, fechou os olhos, levantou, pegou as coisas daquele salafrário e jogou para fora.


- SAIA! AGORA! – bateu suas botas no chão. – Eu sou autoridade. Eu achei o maldito apartamento, e você se apossou e não ajuda em nada. Agora, SAIA! 

Como cachorro sem dono, saiu com o rabinho entre as pernas, a procura de algum alojamento que o aceite. Fechou as portas, começou a limpar o seu canto.

- É... A vida é assim, se não pisarmos, seremos pisados. – finalizou sua querida reflexão, em meio ao chão desgostoso.

Artistas :



Thainá Dominguês Benasse