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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

A Carta da Quase Conquistadora



A Carta da Quase Conquistadora

‘’Nunca pertencia esse chão, sempre fui ligada as nuvens que dançavam frente aos meus olhos. ’’ – em doses saboreava seu chá. ‘’ Disse... Ah! Perdão! Deixe-me corrigir... Bem, sempre tive asas das quais só pendiam ao lado do meu corpo, e neste momento, estou preparada para erguê-las. ’’ – tossiu e prosseguiu. 

-‘’ Em apenas um ano, vi do mundo suas faces estranhas, e o mundo que me referi são as pessoas que o desenha frente a mim. Felizmente, eu tive estomago bastante, bem, tentei ter para ver. E simplesmente fiquei na vontade de consertar... ’’ – respirou profundamente, aquele ar preso ao peito. 
‘’Porém, mesmo que o mundo grite para ser consertado... Sua vontade é pouca. E sua justificativa não é poderosa o suficiente para agirem de tal forma. E mesmo que fosse um tico, não teria força nessas asas atadas a minha covardia e coragem impulsiva. ’’ -- resolveu ligar o rádio, quiçá, havia esquecido que só haveria chiado.
- Esqueci-me de consertar. – resmungou. Em meio ao chiado, fez um movimento exagerado com sua caneta quente de suas mãos.
-‘’Sabe, no silencio pude refletir o barulho do mundo, mas não nego que para o fazer, eu preciso escuta-lo bem. Espero, espero de coração que este ano, esse mundo possa me escutar também. ‘’ – desligou a pequena maquina barulhenta, e pegou seu laptop,colocando

- Vamos lá, temos muito que ver neste novo ano! – olhou-se no espelho, e o beijou. – Sua linda!

- Thainá Dominguês Benasse

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