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sábado, 21 de maio de 2016

Amor é suicida.

Oi, minha gente!
Que come coxinha até ficar doente! Kkkkk’  
~~ Inventei agora. ~~
Como hoje não vai tempo de fazer algo elaborado e delicia, resolvi postar um poema;

Joga o poema aí!
Não se mate 
 
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, 
amanhã não beija,

depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
~~ Parece um geminiano. ~~

Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.

Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.

O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,

e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,

rezas,

vitrolas,

santos que se persignam,

anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, pra que.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.

Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.

O amor no escuro, não, no claro,

é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.

– Carlos Drummond de Andrade

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