Boa noite, pessoal!
Como vocês estão?
Faz tempo que não recebem uma ''calorosa'' introdução, não?
Gente, hoje estou muito cansada, não para escrever... Pois se eu escrever será um montão... E o duro é ficar procurando imagens favoráveis.
'' Ah, se é isso, não precisa colocar.''
Sim, precisa. Sou detalhista quanto ao meu blog.
Antes de começar o poema reflexivo, irei justifica-lo.
Muitos reclamam da falta de sentido no poema. Em meu ponto de vista, o poema é aquilo que você sente, veja com o coração.
E é claro, todos possuímos diferentes sentimentos. Por isso mil e uma compreensões.
Em minha, é apenas, a autora tentando mostrar aquilo que não consegue expressar. Como o meio que divide nossa razão e nosso sentir.
O meio que nós faz confundir.
O meio que nunca justificamos.
Bom, espero que eu o tenha ''esclarecido''.
Um beijo!
Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
Clarice Lispector
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