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sábado, 24 de setembro de 2016

Cristais que Enrijecem.


As estações estavam mudando, como o coração da bela moça de vestido branco...


Sempre pairava nas janelas acústicas da pequena igreja, que se localizava no meio do nada.

Bom, o nada para ela significava a falta da cidade. O sitio a entediava...
John Singer Sargent (American, 1856–1925).:
Era seu ritual ir naquela capela e conversar com Deus para se sentir melhor. Acalmava-a.

Sentou a beira da escadinha de madeira antiga, aponto de rasgar seu novo vestido, que havia ganhado do seu amante.

Não o amava, era difícil o fazer por qualquer um.

 Empatia sentia de monte, por isso não gostaria de falar calunias, para o jovem cavalheiro. 

Era como se quisesse absorver lamurias dele ao ocasionar abalos.
Que lindo isso!:

‘’ Se eu pudesse, preferiria transferir a dor que causei ao mesmo... Lamento por ser o motivo de tanto tormento. ‘’ – como criança, ela chorou. 

Não por si, por ele...

Tão atrevido, tão bonito, tão inteligente...
Mas tão... Comum.

Queria algo que a mantivesse interessada. De certa forma, uma chance nunca foi dada. Todos a chamam de fofa, no entanto, não tem nada.


‘’ Posso até ser fofa como o gelo,

Amortecendo a sua queda, porém a causa é o congelamento do seu coração ou queimando-o. ‘’ – finalizou em seu pensar.




Encarou o seu futuro e se viu sozinha nele. Não- literalmente.
- Thainá Dominguês Benasse

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