Ao encarar o céu extenso, me senti minúscula.
Ele me disse:
- Você tem
ainda muito que se surpreender comigo... Quando estiver triste irá encarar
minhas estrelas. Quando estiver feliz irá apreciar minhas nuvens. Ver coisas
que nem mesmo eu, desenhei. Se inspirar. Imaginar, e sonhar.
Com
minha impulsividade respondi aquele azul:
-
Será? Pelo que você me diz, são humores alternados, que nos faz olhar-te de
forma diferente. Gentil ou Terrível. Doentio ou Radiante. É tudo questão do que
sinto.
- Claro... Isso é parte do pacote. Todavia, não vai me
dizer que não já me olhou com ternura e se deixou a ser emocionar, não? –
respondeu-o como uma brisa.
-
Vou lá saber... O fato é que não quero deixar-me a ser ganha por algo que nunca
vi. É difícil entregar a minha amizade sentida para alguém pode desprezar. Diga-me,
infinito... O que adianta ter estes prazeres momentâneos ilusórios, se não faz
diferença para este mundo, ou melhor, universo? Somos todos poeiras ao vento...
- Oras, faz
toda para você. Cada vida, cada animalidade de um ser, é importante como um
todo. O Deus que te fez e que me criou,
diz através de tudo natural... Que você tem uma missão, e se você se intitula
poeira... Pois então, mantenha seu ritmo e quanto mais puder, faça um furação
de poeirinhas, e é claro, seja feliz ao realizar. Sua vida é só sua. Sua existência
em si tem sua importância, não cause dor a você achando não ser merecedor. Você
é. Todos somos.
–
finalizou a corrente de ar cálida.
-
Imenso, irei guardar seus sussurros como um fato.
Sei que sou sempre murmurosa,
procurarei adicionar mais fervor em efetivar do que apenas reclamar. Destarte,
vivemos de momentos, e é neles que precisamos agir.
- Thainá Dominguês Benasse
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