Lamúrias.

Vejo a morte crua e nua em minha frente...

O fresco gélido e reconfortante da chuva. 

Cheiro de grama molhada...

Estava ali, o ser sem vida, o mundo fez seu desdém quando vivo, agora, tem o mundo todo a encará-lo.

Que vida hein...

Por que raios só depois da morte, nós, humanos levamos em conta o valor de cada um?

Agora, está o corpo inanimado, recebendo o amor que nunca teve em vida...

Isso se chama pungimento.

O ódio, rancor, orgulho... Tudo isso, as vezes nos leva a deliro em um breve futuro. Ou até então, em um breve presente.

Que satisfação tem o sabor desta chuva? 

Lamurias? Errado? Certo... 

Deixa-a cair, é revigorante, não é apenas aquela pessoa que está chorando... 

É Deus por ver tamanho suicídio.

Se machucando pelo que não fez. Se trucidando pelo que fez.

- Thainá Dominguês Benasse