A sentença das folhas.
Observo as folhas a chacoalharem.
A brisa as toca, para nunca mais
se esquecerem de serem levadas para lá e para cá. Como eu.
Por isso lembro-me do passado...
Uma vez que fui arrastada por um
vento, e deixada jogada na terra, outras fiquei vagando ao ar.
Quando me pego, estou a encara-las, e relembrar do doloroso e do
contente. E sim, agora, do presente que
precisa ser vivido.
O barulho que reflete um suspiro, a jorrada que expressa ruídos da vida,
o frescor que se precipita com o presente, e o remexido que acalma, cogita um
futuro,
pois temos a imaginação para mantermos os pés fixos no chão.
É um completo... Precisamos
do querer para obter, mesmo que exista um talvez.
- Thainá Dominguês Benasse
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