extra:
O vento frio, porém confortável está a chacoalhar as arvores... As folhas que devem ser desprender, caiam ao chão, ou era arrastadas junto a brisa.
‘’É assim a vida, bruscamente somos tirados do conforto das
nossas raízes. A raiz que penetra daquela arvore tão familiar... Temos que nos
deslocar. Para onde este vento irá me levar? Qual a possibilidade de eu parar
de divagar?’’
A folha, amiga, encontrou a mesma durante aquele voou
inesperado, interrompendo o pensamento da grande folha.
- Vamos? – disse a folhinha ajudando a ventania. Reparou então,
que a grande folha estava hesitante. – Não quer, não? Mas é a lei... Brotamos,
crescemos, arrastadas somos para vida, e servimos para algo a mais quando
morremos... – finalizou a filosófica folha.
- Devemos? Por que seguimos a ordem natural? Por quê? Não temos
direito de uma escolha. Monotonia, ciclo... Não quer tudo diferente?
- Devemos? Não, não... Apenas é assim. Aceitamos. Todos têm sua
hora, iremos servir um proposito. Iremos virar adubo para uma nova plantinha
semear. Não é bonito? Nosso proposito tem até na morte. Né?
- E quanto a mim? Não se ama? Vagar sem rumo, até cair na terra,
sem um galho a se prender... Tenho medo que a vida esteja me castigando como
tal. Ser uma folha com este proposito. Cair estagnada no chão a espera de um
humano a me pegar e colocar como enfeite em seu livro,
ou servir de adubo para
outros, ou ficar presa em uma água, apodrecendo.Usadas somos... Ou abandonadas ficaremos. Percebeu?
- MEU DEUS, é muito triste nossa vida... Poderia aguardar para si...
Não acha? – angustiada se encontrava.
- Iremos oferecer amor, não se preocupe. O que você falou foi
lindo, mas não passa de ser reutilizada.
- É.
- Thainá Domingues Benasse
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