RASTEJAR?
Como se eu estivesse afogando, tento respirar através de cada arfada
de um choro.
Às vezes a vida não nos das tréguas, assim tento respirar.
A cada soluçar é o acumulo de tantas vezes que sorri, e empenhei-me
em lutar.
Porque será que arfar não para? Meio peito arde e doí...
Todavia, essa caminhada não me dá trégua. Pergunto-me o que fiz.
Procurei diversas vezes não ser vitima dela, aqui estou novamente,
arrastada pelas torrentes imaginarias e injustas.
O pouco sempre me sustentou, vasculhei nele para me manter, porém,
mesmo assim, o muito é sempre exigido até para se ter o pouco.
Sabia voar em minha mente, aprendi direitinho, Quiçá, na realidade o
diferente acontece, constantemente, então tentei caminhar, e as rasteiras
continuaram a vir...
Agora me questiono...
Eu sei rastejar?
- Thainá Dominguês Benasse
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