Boa noite, pessoal!
Como vocês estão?

Faz tempo que não recebem uma ''calorosa'' introdução, não?

Gente, hoje estou muito cansada, não para escrever... Pois se eu escrever será um montão... E o duro é ficar procurando imagens favoráveis.

'' Ah, se é isso, não precisa colocar.''
Sim, precisa. Sou detalhista quanto ao meu blog.

Antes de começar o poema reflexivo, irei justifica-lo.
Muitos reclamam da falta de sentido no poema. Em meu ponto de vista, o poema é aquilo que você sente, veja com o coração.

E é claro, todos possuímos diferentes sentimentos. Por isso mil e uma compreensões.

Em minha, é apenas, a autora tentando mostrar aquilo que não consegue expressar. Como o meio que divide nossa razão e nosso sentir.

O meio que nós faz confundir.
O meio que nunca justificamos.

Bom, espero que eu o tenha ''esclarecido''.

Um beijo!




Dá-me a tua mão:

Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
![あの花 | cathyinaba [pixiv]:](https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/2c/e8/32/2ce832248a3533798d4ce6acbe864e15.jpg)
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
Clarice Lispector




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