Yo, mina-san!
Vamos aprender um pouco de história
mais coisas sobrenaturais como
um charme?
Então vamos lá!
Praga da dança matou centenas de habitantes de Estrasburgo em
1518
Epidemia começou em julho, com Frau Troffea (dona Troffea), iniciou dançando em uma viela e só
parou quatro a seis dias depois, quando seu exemplo já era seguido por mais de
30 pessoas.
Não foi o primeiro
caso de praga de dança registrado. Antes de Estrasburgo, pelo menos outros sete
surtos ocorreram na Europa.
Em julho de 1518, a cidade francesa de Estrasburgo, na Alsácia
(então parte do Sacro Império Romano-Germânico) viveu um carnaval nada feliz.
Quando a febre da dança completava um mês, havia uns 400 alsacianos rodopiando e
pulando sem parar debaixo do Sol de verão do Hemisfério Norte.
Lá para setembro, a maioria havia morrido de ataque cardíaco,
derrame cerebral, exaustão e simplesmente por causa do calor.
Os enlutados que sobraram ficaram perplexos para o resto da vida.
Para provar que a
epidemia de dança compulsiva não foi lenda coisa nenhuma, o historiador John
Waller lançou, 490 anos depois, um livro de 276 páginas sobre o frenesi
mortal:
“A Time to Dance, A Time to Die: The Extraordinary Story of the
Dancing Plague of 1518”.
Segundo o autor, registros históricos documentam as mortes pela
fúria dançante: anotações de médicos, sermões, crônicas locais e atas do
conselho de Estrasburgo.
A "praga" tomou conta das ruas da cidade
francesa e se tornou um problema para a nobreza e a burguesia, que consultaram
os médicos da época.
Após as causas astrológicas e sobrenaturais (que eram
levadas a sério) serem excluídas, os especialistas chegaram à conclusão que o
problema era natural, causado por "sangue quente" (para a medicina da época, poderia ocorrer um aquecimento do cérebro que causaria
loucura).
O tratamento: dançar, dançar e dançar - até as vítimas recuperarem o
controle do corpo.
Salões e mercados foram abertos para as vítimas.
Dançarinos profissionais e músicos foram chamados para mantê-los mexendo.
Se o doente
enfraquecia, desmaiava, cambaleava ou diminuía o passo, o ritmo da música era
aumentado. "Em um mercado de grãos e uma feira de cavalos, as elites
criaram espetáculos tão grotescos quanto telas de Hieronymus Bosch retratando a
loucura humana ou os tormentos do inferno"
, diz em artigo John Waller,
professor de história da medicina da Universidade do Estado de Michigan.
Um outro especialista, Eugene Backman, já havia escrito em 1952
o livro "Religious Dances in the Christian Church and in Popular
Medicine".
A tese é que os alsacianos ingeriram um tipo de fungo (Ergot
fungi), ficaram doidões.
Waller contesta Backman. Intoxicação por pão embolorado poderia
sim desencadear convulsões violentas e alucinações, mas não movimentos
coordenados que duraram dias.
O sociólogo Robert Bartholomew propôs a teoria de que o povo
estava na verdade cumprindo o ritual de uma seita herética.
Mas Waller repete: há evidência de que os dançarinos não queriam
dançar (expressavam medo e desespero, segundo os relatos antigos).
E pondera que é importante considerar o contexto de miséria
humana que precedeu o carnaval sinistro: doenças como sífilis, varíola e
hanseníase, fome pela perda de colheitas e mendicância generalizada. O ambiente
era propício para superstições.
Uma delas era que se alguém causasse a irã de São Vito (também
conhecido por São Guido), ele enviaria sobre os pecadores a praga da dança
compulsiva.
A associação com o
santo vem de outros casos de praga de dança. O primeiro conhecido foi na Suíça,
quando dois surtos ocorreram em prédios religiosos no século 15, no dia
seguinte ao de são Vito.
As vítimas então
passaram por uma espécie de cerimônia. Foram calçados nelas sapatos vermelhos e
os dançarinos foram despachados para um santuário dedicado a Vito nas
montanhas.
Eles ficaram ao redor de um altar com as imagens do santo, da Virgem
Maria e do papa Marcelo. Nas semanas seguintes, a epidemia perdeu força até
exaurir, com os doentes recuperando o controle do corpo.
A conclusão de Waller é que o carnaval epidêmico foi uma “enfermidade
psicogênica de massa”, uma histeria coletiva precedida por estresse psicológico
intolerável.
Outros seis ou sete surtos afetaram localidades belgas depois da
bagunça iniciada por Frau Troffea.
O mais recente que se tem notícia ocorreu em
Madagascar na década de 1840.
Curiosidades :
Em homenagem a Frau
Troffea, a designer Niege Borges, ela criou o
projeto Dacing Plague of 1518 uma coleção de ilustrações de coreografias
do cinema feitas por ela.
Como a própria define, tivemos muita dança nas
últimas décadas — felizmente, não o suficiente para matar alguém, ela espera
(nós também).
Irônico, não?
Fontes :
- http://forgetthefear.blogspot.com.br/2010/05/praga-da-danca-matou-centenas-de.html
- https://noticias.terra.com.br/ciencia/epidemia-de-danca-ha-495-anos-pessoas-requebravam-ate-a-morte,13493422714df310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
- http://industriacriativa.espm.br/2012/a-praga-de-danca-de-1518-por-niege-borges/
Bom, espero que tenham gostado!
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- Thainá Dominguês Benasse
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