Páginas (:

domingo, 26 de junho de 2016

Praga da dança 1518

Yo, mina-san!
Vamos aprender um pouco de história 
mais coisas sobrenaturais como um charme?
3e9b023fd54f8ade55e7236a

Então vamos lá!
Praga da dança matou centenas de habitantes de Estrasburgo em 1518
Epidemia começou em julho, com Frau Troffea (dona Troffea), iniciou dançando em uma viela e só parou quatro a seis dias depois, quando seu exemplo já era seguido por mais de 30 pessoas.
Não foi o primeiro caso de praga de dança registrado. Antes de Estrasburgo, pelo menos outros sete surtos ocorreram na Europa. 
Em julho de 1518, a cidade francesa de Estrasburgo, na Alsácia (então parte do Sacro Império Romano-Germânico) viveu um carnaval nada feliz.
Quando a febre da dança completava um mês, havia uns 400 alsacianos rodopiando e pulando sem parar debaixo do Sol de verão do Hemisfério Norte.
Lá para setembro, a maioria havia morrido de ataque cardíaco, derrame cerebral, exaustão e simplesmente por causa do calor.
Os enlutados que sobraram ficaram perplexos para o resto da vida.
Para provar que a epidemia de dança compulsiva não foi lenda coisa nenhuma, o historiador John Waller lançou, 490 anos depois, um livro de 276 páginas sobre o frenesi mortal: 
 “A Time to Dance, A Time to Die: The Extraordinary Story of the Dancing Plague of 1518”.
Segundo o autor, registros históricos documentam as mortes pela fúria dançante: anotações de médicos, sermões, crônicas locais e atas do conselho de Estrasburgo.
A "praga" tomou conta das ruas da cidade francesa e se tornou um problema para a nobreza e a burguesia, que consultaram os médicos da época.
 Após as causas astrológicas e sobrenaturais (que eram levadas a sério) serem excluídas, os especialistas chegaram à conclusão que o problema era natural, causado por "sangue quente" (para a medicina da época, poderia ocorrer um aquecimento do cérebro que causaria loucura). 
O tratamento: dançar, dançar e dançar - até as vítimas recuperarem o controle do corpo.
Salões e mercados foram abertos para as vítimas. Dançarinos profissionais e músicos foram chamados para mantê-los mexendo.
Se o doente enfraquecia, desmaiava, cambaleava ou diminuía o passo, o ritmo da música era aumentado. "Em um mercado de grãos e uma feira de cavalos, as elites criaram espetáculos tão grotescos quanto telas de Hieronymus Bosch retratando a loucura humana ou os tormentos do inferno"
"Em um mercado de grãos e uma feira de cavalos, as elites criaram espetáculos tão grotescos quanto telas de Hieronymus Bosch retratando a loucura humana ou os tormentos do inferno", diz em artigo John Waller
, diz em artigo John Waller, professor de história da medicina da Universidade do Estado de Michigan.

Um outro especialista, Eugene Backman, já havia escrito em 1952 o livro "Religious Dances in the Christian Church and in Popular Medicine".
A tese é que os alsacianos ingeriram um tipo de fungo (Ergot fungi), ficaram doidões.
Waller contesta Backman. Intoxicação por pão embolorado poderia sim desencadear convulsões violentas e alucinações, mas não movimentos coordenados que duraram dias.
O sociólogo Robert Bartholomew propôs a teoria de que o povo estava na verdade cumprindo o ritual de uma seita herética.
Mas Waller repete: há evidência de que os dançarinos não queriam dançar (expressavam medo e desespero, segundo os relatos antigos).
E pondera que é importante considerar o contexto de miséria humana que precedeu o carnaval sinistro: doenças como sífilis, varíola e hanseníase, fome pela perda de colheitas e mendicância generalizada. O ambiente era propício para superstições.
Uma delas era que se alguém causasse a irã de São Vito (também conhecido por São Guido), ele enviaria sobre os pecadores a praga da dança compulsiva.
A associação com o santo vem de outros casos de praga de dança. O primeiro conhecido foi na Suíça, quando dois surtos ocorreram em prédios religiosos no século 15, no dia seguinte ao de são Vito.
As vítimas então passaram por uma espécie de cerimônia. Foram calçados nelas sapatos vermelhos e os dançarinos foram despachados para um santuário dedicado a Vito nas montanhas. 
Eles ficaram ao redor de um altar com as imagens do santo, da Virgem Maria e do papa Marcelo. Nas semanas seguintes, a epidemia perdeu força até exaurir, com os doentes recuperando o controle do corpo.

A conclusão de Waller é que o carnaval epidêmico foi uma “enfermidade psicogênica de massa”, uma histeria coletiva precedida por estresse psicológico intolerável.
Outros seis ou sete surtos afetaram localidades belgas depois da bagunça iniciada por Frau Troffea.
 O mais recente que se tem notícia ocorreu em Madagascar na década de 1840.
Curiosidades : 

Em homenagem a Frau Troffea, a designer Niege Borges, ela criou o projeto Dacing Plague of 1518 uma coleção de ilustrações de coreografias do cinema feitas por ela. 
Como a própria define, tivemos muita dança nas últimas décadas — felizmente, não o suficiente para matar alguém, ela espera (nós também).
Irônico, não?
Fontes :

Bom, espero que tenham gostado!
Se gostaram clicarem em seguir na imagem a seguir. Pois, só assim irão ficar sabendo das novas.
 - Thainá Dominguês Benasse

Nenhum comentário:

Postar um comentário