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sábado, 3 de junho de 2017

A Chuva de Relâmpagos.

Ao caminhar da meia noite, não perceberam o céu que os cercam, o vento que os bate, a lua que os ilumina, e as estrelas que os guia.

Os relâmpagos não cessam, que ousadia, com uma atmosfera tão limpa, eles continuam a darem clarões.
Hm... Flash. Lembro-me agora, a vida de dois amantes unidos pelo o acaso.
Ás 02 horas da madrugada, tão escuro como o vinho que tomava, e a multidão que a cercava, os flash’s que despercebia no agora, eram os mesmo que não ligava no passado. A música era tão alta, que ninguém escutou seu grito de agonia quando ela pisou no pé de um cara ignorante.
- AÍ! – grunhi-o.
- Desculpa! – tornou-a repetir. – DESCULPA, MOÇO.
- Tá, tá. – disse ele se virando para reclamar com o amigo. Não deu 5 minutos e se vingou com vigor. Pegou bem em sua veia.
- MEU PÉ, QUE DOR! – bradou ferozmente para sua amiga. – Ele retornou o pisam. Filho da puta, vingativo!

O tempo foi passando e os relâmpagos artificiais estavam a nauseando. Segurou com sua pequena mão o ombro de sua amiga, e disse-a:
- Estou realmente ruim. Preciso ir para o banheiro, acho que vou vomitar. – e então, seguiram sua missão. BANHEIRO. Todavia, como sua amiga também estava um tanto alcoolizada, foi seguindo-a indo para fora. Antes de chegarem, no meu do caminho, Yasmim não se conteve. – Acho que vou desmaiar... – e então caiu em meio ao povo mais loucos que o Batman.
Sasha sem hesitação tentou pegar sua amiga, sem sucesso, batia na cara dela até acordá-la.
- ACORDA! VOCÊ MORREU? YASMIM! – gritava ela. E um monte de rapazes envoltos sem fazer absolutamente nada. De repente, com um bom cavalheiro de armadura de ouro chega para ajudar, um rapaz alto, de madeixas um tanto grande para um homem.
- Eu pego ela. – disse com sua voz aveludada. Como amiga é amiga, ela não afastou.
- Coloque-a nas minhas costas. – disse com olhos arregalados, e ainda mais surpreendida, pois no começo da festa Yasmin o achou muito bonito, e sem falar, que ela comentou com sua amiga, que pensava nele durante a festa, e não sabia-se o motivo. Até por que, não o conhecia.
- Eu pego! – insistiu ele, já pondo seus dois braços na dobra da perna dela e puxando-a para si. E então como um filme, a amiga dela acompanhava, vendo aquela cena imperdível. Processando para depois conta-la aos gritos. ( Sem tirar, que era pura preocupação a observação exagerada).  No meio do caminho Yasmim começou a recobrar a consciência . Percebeu que alguém a carregava, puxou a blusa do salvador, e sussurrava repetidamente:
- Desculpa. – sabia que estava sendo ajudada por alguém e percebeu a sua amiga do lado. Queria se desculpar por dar trabalho, por preocupar, por fazê-los perderem a festa, mesmo que o mínimo. – Minha pressão baixou. – deu mais um puxão na camisa dele. Ela suava muito.
Chegando ao banheiro feminino entrou sem hesitar. E parecia que o exercito tinha feito uma missão de tão barro que estava.
E logo, falou:
- Passa água nela. – e então, sua amiga sem saber, passou na testa dela. – Não. No pescoço. – explicou ele, fazendo força para segura-la. Averiguando o lugar, percebeu que perto do espelho não estava TANTO sujo, colocou-a delicadamente no chão. – Pega água para ela. –exigiu.
- Eu fico com ela.

- Pega água! – ela saiu aos corres atrás de água, passou sufoco no balcão, mas como o barman era colega delas, passou na frente. (mesmo que seja água da torneira, estava valendo).
Neste período de tempo, e Yasmim arfava sem parar, como se tivesse corrido uma maratona. E ele dizia suavemente:
- Inspira, expira. Isso de novo. Mais uma vez. Isso. Você bebeu? – ela via em seus olhos, desespero? Dó? Caridade? Amor ao próximo? Não sabia ao certo, porém gostava daquele olhar misterioso, um novo desconhecido.

- Uhun -- sussurrou ela, levantando 4 dedos. – 4 copos de vinho.
- Quantos anos você tem? – disse ele calmamente.
- 19. Nossa cara, estou suando muito. – disse ela meio mole, tentando ergue-se.
- Você tá melhor? O que está sentindo?
- Minha mão está formigando. – disse ela pegando a mão dela, e ele em seguida tocando no mesmo lugar. – E meu pé... Pisaram. – fez uma cara de dor, e passou a mão no seu pé. E ele acompanhou- a novamente, passando a mão no pequeno pé roxo dela.
- Calma, que sua amiga está vindo. – nisto ela não entendeu suas palavras, nem o resto que ele disse. Ele saiu, e ela não viu sua ida, só o quão mole estava.
-YASMIM! Que susto que você me deu. – chorou amiga dela. – PENSEI QUE VOCE TINHA MORRIDO!
- Não morro fácil, MIGA SUA LOUCA. – riu de si, e tomou a água. – Você viu? Foi filme, que fofo, que maravilhoso, apaixonada estou. FALLING IN LOVE WITH YOU... (8’
- Você volta dos mortos e me fala isso... Deveria agradecer a mim! – disse sua amiga de bico e rindo.
- TE AMO TAMBÉM. – disse elas rindo juntas.
Depois de se levantar com sua saia ensopada pela QUASE lama, saiu do banheiro cambaleando do seu pé massacrado.
- OI! VOCÊ TÁ BEM? – apareceu seu herói de fantasia de vilão.
-Estou graças a você. – disse ela, dando um abraço nele, e soltando uma gafe do tamanho no mundo em seu agradecimento. – Obrigada por me salvar dos estupradores.
- Você foi salva pelo MR. Bin. – ela não entendeu o que disse e nem a resposta para aquilo. Virou-se de vergonha, e seguiu o seu caminho.
Encontra-se em suas trilhas, todavia como a principio pode ser bom, o meio não tanto, o fim amargo. Ou alternados, misturados. Surpreendemos com a vida. Ela nos dá e nos tira.
Um cumulo, sabia? Uma historia que era para ser romântica, a personalidade estraga, a soberba aumenta, e a negatividade se expande.
Yasmim era à mercê do amor antes mesmo de conhecê-lo, até cair na real que o que imagina não é o que sente. E nem ele. O herói sempre estava vestido de vilão, e ela não reparou. Como o flash da balada, como a brisa do agora.
- Puts, Daniel. Esquecemo-nos de tirar a roupa do varal... As roupas dos nossos cachorrinhos... – disse ela, com a mão na testa.
- Irei à frente, amor. – disse seu marido correndo as pressas à casinha que construíram com amor.

‘’ Posso não ter reparado no passado, quiçá, terá sempre um futuro para ser detalhado minuciosamente.  Meu eu mudou, posso demorar a notar a realidade que me cerca, e o que ressinto, no entanto a beleza está no imaginar, e mesmo que eu caia das nuvens que criei, tenho meu corpo como garantia do impacto, quase me esqueci, e os verdadeiros heróis da minha vida. ‘’
- Thainá Dominguês Benasse

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