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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Desvencilhei do não.




Inalem minhas palavras,
 e soltem a tristeza que elas transmitem. 

Estava ali estagnada pelo seu olhar ingênuo e ao mesmo tempo sedutor. 

Paralisei-me pelas lembranças que ele o trouxe.

E junto dele queria estar.
Como gotas de chuvas que se juntam.

 Junto dele queria o intenso e amoroso.

 Junto dele, queria a tortura de dias tediosos, 

mesmo odiando a monotonia, 

não iria odiá-lo contigo.

Arfei...


 Sufoquei-me com um futuro talvez. 
Ahh , como queria que o ar faltasse e eu caísse ali... 

Como uma rocha que se desvencilha de um emaranhado de sua origem... 

Era como queria desprender de você.

Mas, esse despencar, não era para isso. Era mais para clamar por sua atenção.

Veja-me. 

Venha até a mim. 
Naka Tomoko
Consuma-me. 

Ostente-me.

 Deseje-me. 
Tenha-me.

O ar entrou, 

e com ele a angustia do não querer que deixou.

A mercê de um amor não visto. 

Um amor deixado ao acaso.


- Thainá Dominguês Benasse

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