Extra:
‘’Ele
deve estar bebendo seu café agora... E escrevendo sobre vivencias em forma de
fantasia. Costumava ser assim na época em que dividíamos o sabor do café... Amargo.
’’
– ela encarou sua filha dormindo, passará das 4 horas da manhã, não
conseguia dormir depois de um sonho que teve com seu antigo amor.
Resolveu ferver a água um tanto mais cedo que o previsto e fazer um
café puro. Viu-se pegar a olhar a janela e observar o quintal sombreado pela
luz da lua, e as florzinhas que se deleitavam ao suspirar do vento.
‘’ Você
deve estar se perguntando o motivo de deixa-lo... Não é? Ou você já sabe a
resposta? Ou acha que sabe?’’
—tomou um gole do
penoso que fizera. ‘’Está certíssimo, não queria que me
mudasse, queria alguém que me aceitaria de verdade, mas isso iriamos conseguir,
o problema era outro.
Não podia dizer em palavras, por que o magoaria, não
podia dizer em ações, pois o perderia de forma imperdoável.
Minha vida era
inconstante, sempre havia um motivo para fugir, na minha mente, você era o
ousado, bem aventurado, que via todas minhas facetas, que fazia poesia por
entre elas, ou as rejeitava com sarcasmo.
Eu queria ser uma constante para você.
Eu
amava seu jeito. E acho que tinha medo daquilo não durar. ‘’
– do quente estava
ficando frio, seu agro já não tinha temperatura agradável, como o que sentia na
época.
‘’Não
havia mais amor, uma vez que como está bebida ela vai perdendo seu gosto por
falta de incentivo. O real problema foi à rotina solicitada...
Você preferia
uma historia da qual nunca existiu. Uma garota que apesar dos defeitos que
transparecia, aceitaria quaisquer seus.
E isso me matava. A explicação mais viável
era que eu tentava progredir para te agradar, e você, se dizia regredir para me
satisfazer. ’’ – já era cinco e meia, sua rotina começará agora.
‘’ Bom,
o tempo passou e eu conservei minha essência, não mudarei o que sou apenas
aprenderei com as lições que vivenciei.
E você, querido ex-amor, deveria
perceber isso, mais do que ninguém. ’’
– jogou fora o resto do café desalmado, e fechou a cortina da
janela, para assim, a ventania não acertar o que não deve.
- Thainá Dominguês Benasse
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