Ninguém.
Ninguém dava nada por mim — nem eu mesma.
"Essa menina é burra."
"Não vai longe."
"Má influência."
"Preguiçosa."
"Metida."
Eu sorria, mesmo diante das ofensas. Evitava o conflito, adocicava o ambiente, relevava demais.
Houve um momento, já mais velha, em que passei a desacreditar de tudo.
Desacreditei da vida, da sorte, de Deus... até da existência da minha própria respiração, que se prendia no peito.
Afogava-me na bebida, em saídas sem sentido… tudo fuga.
Correndo.
Seguindo.
Rastejando.
Na esperança de ser encontrada...
E não percebia que, no fundo, o que eu queria era me encontrar — encontrar a mim mesma, a criança que um dia foi julgada e que ainda vivia dentro de mim.
Hoje, ela se prova forte.
Dona dos próprios sonhos.
Realizadora da sua própria eternidade.
Pelo menos, da eternidade do seu bem-estar.
Já percorri metade do caminho. Falta o resto — mas sigo.
Sigo seguindo.
— Thainá Dominguês Benasse
Sensacional, parabéns!!! Um dom incrível que você tem, suas escritas tocam a alma!!! ♥️♥️
ResponderExcluirAwwwb muitoo obriiigadaa <3
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