Contando
Suspiros
Aos relâmpagos dos olhos de outros, eu viajo em passos
lentos, contando suspiros, esperando exatidões. Sempre, no sempre.
Percebo em meio ao deserto de almas, que todas fazem o
mesmo, caminhando em círculos, e achando que estão dando voltas ao mundo,
quando estão se auto enganando.
Eu, por si mesma, pessoa que sou, perguntei-me varias
vezes o que ganhava com isso.
A areia repuxa. Aí! ‘’ O que to ganhando com isso?’’
Arranha. Ui! ‘’ O
que devo fazer quanto a isso?’’
Sufoca. AR! ‘’ Até quando terei que dar arfadas tão
grande que supri a de outros, para beneficiar outrem?’’
Perde-se. Cadê? ‘’ Os passos que trilhei já foram
apagados por outros que fizeram a mesma rota, e acabaram no nada como eu.
Seres que vagam ao nada, pois não sabem da onde vieram, e
nem vão. É o hoje, é o agora.
‘’ Mas o fazer?’’
Não sei. Talvez sozinhos não conseguimos, porém fazendo
nossa parte em destaque, conquistamos talvez um futuro que não seja perfeito,
todavia, que tenha sentido por essas pobres e vagas almas?!
Vamos! Ainda haverá esperança em meio ao quente...
Vaporoso.
Enquanto nós respirarmos mais abafado.
- Thainá Dominguês Benasse
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