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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Alento das Veras


O tempo estava tinindo de um sol imensurável, as sombras das árvores se deslocavam conforme o andar lento da grande Estrela, e junto do vulto, estava uma silhueta delgada e sozinha. Sua respiração era falha, e o vento perspicaz, circundou-a para lhe consolar.
Atravessava sem parar, com ruído das folhas ao arrastar na grama; aquela brisa a fez cogitar momentos passados, como qual conheceu uma família estranha, não de um jeito ruim é claro. Acostumada a sempre fingir sentimentos e aceitar advertências insinuadas.

Não, aquele lugar era o da verdade. Não podia disfarçar seus verdadeiros desejos! 
Sua sinceridade vinha sempre átona.

Desconfortante no começo de certo, no entanto, aquilo despertou a simplicidade das coisas, a aceitação dos fatos.
Sentiu-se bem naquele meio de papos saudáveis e verdades intimas... Brincadeiras eram brincadeiras, não indiretas mais que diretas... Cheias de venenos que convivia em outros lugares. Pelo contrário, era quente e gentil. Acolhedor.
As plantas reclamaram por falta de atenção acordando-a do seu transe, 
Olhou ao lado, onde tinham telhas amontoadas, e percebeu que sua casa precisava ser montada, e para isso começar, o seus pulmões deveria absorver aquele integro frescor, e construir... Solidificado com veracidade. Um lugar real do qual poderia ser ela mesma.

- Thainá Dominguês Benasse

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