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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Lapsos


- Não sabia que esse era o céu... – ela olhou para cima inocentemente. – E este era o mar... – deslumbrou aquela azul refletia em sua alma carente.
- Ah... É. – quase soletrando as palavras concordou melancolicamente.
- Lembro-me de vagamente de uma pessoa loura, com um sorriso radiante... Ele tinha sede de viver, aquele marinheiro. – deu uma risadinha tímida.
- Conte-me mais. – era um interesse verdadeiro, porém, tristonho.
- Então, ele era alto e o que me parecia ignorante. – disse pensativa.
- Ignorante?! Porque acha isso? – indignou-se.
- Porque ele achava que eu não sabia que seus lábios queriam os Meus e tremia pelo meu calor, no entanto, fazia-me surda e muda perante a toda situação.
- Como você é... Hein. – revirou os olhos.
Dança
- Como eu sou...? – era um lapso, uma fratura em sua alma. – É..., onde estou? – virou-se de lado em lado, era um jardim tão lindo ao seu redor, o mar a sua frente, e as pessoas vestidas de branco. – Retornou a olhar aquele homem de cabelos prateados, e olhos méis. – Sei que estou doente, voltei à consciência agora. Já sei diferir, meu Hadrien.
- Diana... – seus olhos brilharam.
- Eu não sei o que dizer... Não há desculpas, e não a obrigadas que tanto queira falar, mas deixarei um beijo. – debruçou sobre ele, arrancando um doce e delicado selinho. – Eu te amo, e sempre te amarei, pode ver, você vê... Até em minha doença, recordo das suas asneiras. – sorriu para si.
- E por isso que... Nem sua doença vai me tirar do seu lado. Eu te amo, Diana. Com ou sem memorias, eu te amo... – repetia e chorava.
- Oi. – afastou-o. – Olhe... As nuvens parecem seus cabelos. – e então, Hadrien olhou em seus olhos azuis, e assentiu.
- Sim. Como os seus também.

- Thainá Dominguês Benasse

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