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domingo, 15 de dezembro de 2024

Fim de mais um Ano.

 Encarrego-me do cheiros e sons que um dia foram imemoráveis. 

Fico descrente ao perceber o quão o tempo passou. 

Meu rosto mudando com um mundo estável. 

Sam, meu cachorro, com barbicha branca, cobrindo todo seu rosto. Castiel, antes o mais novo, fará 5 anos, e começou a ficar com um barbicha mais branca, não igual o Sam. Ruby, já está completando 1 ano e 4 meses. 

E  o que mais incomoda, não é que o tempo está passando, mas é perceber o que fiz com ele.



Não o lembro.

É um borrado de ações, esquecimentos básicos de canseira trivial, com  um recheado de preocupações e ansiedade à deriva. 

E o que faço com esse embaralhado?

E os cheiros que uma vez senti emoção? E agora, é apenas um cheiro de tristeza. 
Canções que uma vez mexia comigo, hoje são lembranças amargas.
Aquele gosto, ou sabor, se preferir, que quero apreciar novamente, mesmo provado, não seria como eu o senti desde a primeira vez.


Não estou reclamando, pelo contrário, terá alguns sabores , cheiro, e canções novas para viver. Já que, não vivemos do passado, eles apenas dão uma base para nos tornar críticos. 

É só que, vivemos tanto no automático, que esquecemos nossas emoções, sensações, amigos, colegas, família... De nós.


Thainá Dominguês Benasse




15/12/2024


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