O disco era colocado no gramofone, e sempre
começava as musicas antigas da vovó.
Minhas primas e eu, ao som vitalizante, a
pular de um lado ao outro, procurando o que fazer.
E então, como vivíamos de sonhares lazeres,
por que não limpar as estantes de livros da vovó? Ou até então, a casa em si?
Ah... Eu posso imaginar, de uma visão de outra pessoa, nós a brincar na inocência.
Queria voltar este tempo, para que a nostalgia não seja necessária para lembrar o sorriso de vovó, ou a voz dela a me chamar.
A música que ela deixou ainda vive em mim.
Odeio quando ela, automaticamente quer sair, levando-me em outras lembranças,
como quando fomos a praia, eu, doente estava, ela afavelmente se encontrava
ao meu lado, amenizando a dor com suas palavras doces em um noite
estrelada.
A brisa era amiga... Enquanto
deitadas no colchão fino, ficamos a fitar o céu, e eu, dramatizando o meu
padeço.
Já, minha tia, alegre de viver, uma energia
que não esqueço... Um amor que não faltou. Tão linda e majestosa. Ela foi minha primeira inspiração de vida.
As vezes que agia como uma criança,
para transpassar conforto para mim.
Ou quando não, se comportava como uma irmã
mais velha, cuidando de mim.
Lembro-me que amava meus cabelos, passava
creme, os penteava... E sorria, sorria... E sorria.
Como eu amava as duas. Sinto tanta a falta delas.
- Thainá Dominguês Benasse.
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