A Jornada Peculiar - 4 Parte - Final.

4

Depois de algumas horas, o efeito do álcool passou, e chegaram ao local. Stella sairá da cabine que compartilhava com Violette, já trocada com equipamento necessário para examinar a área desconhecida. Quando saiu da nave alva deu de cara com o Pietro fazendo o perímetro do local. O espaço era isolado, onde nada foi feito. Puro pó.

- Tudo em ordem por aí, Derek? – sua tonalidade era séria, parecia outra pessoa. Os dois estavam com trajes pretos de proteção, e capacetes especiais. Stella com traje e capacete brancos.

- Oh! Gosto do jeito que leva seriedade no trabalho. – elogiou Stella dando um sorriso.

- Claro, Lady Stella. – fez sentido.

Ao andar alguns metros, agachou e verificou.

- Estranho. – apitou o detector de substâncias. – A máquina identificou alguma substância diferente aqui... Tóxica. – transmitiu pelo rádio.

- Stella é perigoso! Não toque na terra, ouviu?! – falou no rádio chamada da vestimenta.

- Não sou tonta né! E você pode cuidar de mim depois! – sorriu carinhosamente.

- Não, não vou não. – respondeu irritado.

No outro lado do território, Derek a observará de longe. Ela parecia tão serena.

- Toma cuidado... – pensou alto que não percebeu.

- O rádio do traje está ligado... Romeu. – reagiu Luca. Em um rubro de vergonha, Derek desligou rapidinho. Apenas tinha sido Luca que ouviu.

Com profissionalismo, ela pegou uma amostra do solo, colocou no recipiente, e voltou para dentro da nave, e foi para o pequeno laboratório, depositou o pedaço de terra no equipamento mais desenvolvido do que o outro.

- Pelo que estou vendo, o detector apenas cometeu um erro. A substância era magnésio.

Com uma infantilidade, Luca a empurrou na maca, e a levou para ala médica, e simplificou.

- Finja que está doente! Confia em mim, tudo bem? – sorriu maleficamente.

*

- Gente, aconteceu algo terrível! Ah Stella... Foi contaminada... – interpretou como um ator real. Procedeu a cena com lágrimas e tudo. Matheus sempre muito inteligente percebeu que se fosse o caso, ele estaria a levando imediatamente de volta, e não os avisando. Deixou passar por que queria saber a intenção dele.

Com uma súbita impulsão, o controlador de emoções agiu.

- Stella?! – bradou pela janela.

- É contagioso? – indagou Pietro.

- Não. – soluçou falsamente. Matheus adivinhou tudo, saiu de perto e foi examinar a nave por fora. Espantada, Violette viu a reação do primo, e deduziu que era atuação do Luca, era bem perspicaz como o Engenheiro. E aquele rancor que guardará de Derek fora embora.

- Até quem fim, eu vi um lado seu... Humano. – murmurou, e seguiu Matheus rindo.

- Stella... Como está se sentindo? – encontrou exasperadamente, sentou do lado da maca, e com ternura, precipitou sua mão direita na nuca dela, e com a outra, tirou a franja loura de sua testa.

-Hm... Novo casal a vista. – O doutor cutucou o Pietro com o cotovelo.

- O que aconteceu com Stella... —perdeu sua fala. – Você planejou isso, não? – Loréo deu um sorriso fraco.

- Game Over. – Luca deu um tapinha em Loréo. – Escolhi o homem que escolherá suas condutas ao invés do trabalho... Seja ele qual for.

- Fez... Certo. – admitiu de cabisbaixo.

*

- E-eu não... – foi interrompida, e com seu rosto ficou vermelho.

- Vamos voltar imediatamente! Inconsequentes! Eles deveriam saber que é perigoso essas missões! Era para ter uma equipe inteira, mas não, só colocaram você! E tem o Loréo que fica insinuando as coisas para você, e mesmo assim deixa você se arriscar... E... – com uma súbita gargalhada ele foi detido de continuar. – Que foi? – a encarou.

- Eu não estou doente! Luca queria testar você, tenho certeza. – ele piscou através da janelinha de vidro. Com um alivio e fúria levantou-se e recostou na parede.

- Que susto! – colocou sua mão na cara, queria cobrir a vergonha do exagero.

- Derek... – ela levantou-se da maca e foi em sua direção. – Sei que pode parecer sem lógica, até por que sou uma pessoa cética em quase tudo, no entanto, eu senti algo por você, uma química. –sorriu do próprio dizer. – Será que a loucura se apoderou de mim? São seus olhos? Seu jeito? Sua voz? Não sei ao certo.

- Isso... Ocorreu-me também. –gaguejou, desencostando-se. –Deu-me vontade conhece-la mais, provoca-la mais, e por fim, tê-la junto a mim. – e absorvido pelo momento, ele atarracou sua cintura, e a puxou para si, levemente a beijou. Com os olhos fechados e derretida pelo momento, não hesitou em deixa-lo continuar.

- Acho melhor irmos... – saíram de fininho os três espectadores.

- Só falta... Nós! – sugeriu Luca.

- Sai! – esbravejou Pietro.

*

- Gosto da sua arrogância. – deu um pulo perto de Matheus. E ele olhou-a de canto com seriedade. – Ops... Sua inteligência. – deu uma risada.

- Gosto da sua infantilidade. – deu um sorriso maléfico. E ela o fitou nervosa. – Ops... Da sua ingenuidade. – primeira vez que o viu sorrir de verdade.

- Você deveria sorrir mais... É bonito. – a baixinha se aproximou dele, e tocou-lhe o rosto, e ele sobrepôs à mão dela.

- Você é rápida, não? Alias... – parou para pensar um pouco. – Todos aqui.

- Não é questão de tempo meu caro, a vida não é medida pelo o quão vivemos, quiçá o tanto que aproveitamos. – ela deu seu melhor sorriso que chegou a fechar seus olhos acinzentados.

- De fato, minha pequena sábia. – com ternura, ele a beijou na testa.

‘’Uma curta expedição da qual começou com uma proposta inegável, que se tornou uma experiência para todos. Um desabafo, uma aceitação, um sentimento... Um desafio a si. ’’

- Por fim, vamos dançar ao som de M83- Midnight, o que acham meninos? – rebolou Luca.

- Não, eu passo. – negaram os dois sorrindo.

Fim.

Espero que tenham gostado dessa pequena trajetória ilusória!

Se quiserem mais, eu faço mais historias. Não deixem de comentarem! Apreciaria!

Um beijo da Thainoviskis!

- Thainá Dominguês Benasse