Querido diário... Sim, começarei simplesmente
assim, cafona e clichê, desculpa-me...
Hoje o céu está borrado, como se a borracha
fosse passada, mas não apagada... Essa luz excruciante fica atingindo meus
olhos... Sim, aqueles olhos que você vidrava.
Meu querido, como bem sabe, em pessoa, minhas
palavras não saem, apenas sentimentos agitados transpassado em atitudes cálidas
ou tenebrosas para ti.
Sou uma pessoa inundada de quereres, mas sem
realizações a fazer. Pois é, você sabe de meus defeitos, até citou vários para
mim com sua boca fina e sedenta para tocar minha pele alva.
Não esqueço... Porém, não rasgo essas cartas
que fico de enviar para ti atoa. Sou uma pessoa orgulhosa, sabe? Ah... Você bem
sabe.
Quantas discussões impossibilitaram nossos
sentidos de se tocarem. O tato formigando por um abraço, a visão para ser
seduzida, a audição para ser convencida e contundida, paladar para ser
satisfeito, e olfato para fixar memórias.
É... Como o céu está estranho hoje... Talvez
por você estar longe, ou por eu estar muito perto das lembranças. Não sei,
sinceramente. Só quero deixar claro, o que fui para você e o que você era para
mim.
Não sei se essa folha de um diário desgastado
irá chegar a suas mãos grandes e trabalhadoras... Se não bater precipitadas
ações em mim, prometo não rasga-las. Tentarei com todos os esforços acalmar-me!
Por medo de suas reações... Ajo desta forma.
Apesar de tudo, só lhe fiz sofrer.
Apesar de tudo, só lhe fiz sofrer.
Só deixo entrelinhas meu nome para finalizar.
Felícia de
Nobrega,
Aquela que foi a ultima amada, ou eu posso ser
a penúltima? Posso ficar com está posição?
PS: Havia me esquecido de colocar a data...
Nego-me a isto. Deixarei você raciocinar, pois qual seria a graça se eu clarear
suas ideias?
- Thainá Dominguês Benasse
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