‘’ Novamente as luzes estão acesas, como um convite atrevido,
do qual quero adentrar e descobri o que se encontra nele. ’’ – ela observava
pela janela. O edifício se encontrava em uma distancia considerável, mas ela insistia
em descobrir quem estava lá.
‘’ Pode parecer loucura... Porém fico a imaginar um
olhar a vigiar-me, como se esperasse uma reação... Só minha. ‘’—ela esticou seu
braço direito, e observou sua mão pendurada sobre o ar, tentando alcançar o
nada. ‘’ Sou tão tola assim? ‘’ – sorriu para si. Com um movimento, saiu da
beira da janela.
- É sim, uma tola... Está nessa viagem ainda? – seu
irmão mais velho apareceu.
- Cala boca, que você quer? – cruzou os braços e o
encarou.
- Me respeita sua cabeluda. Parece um macaco
peludo! Já fez o bigode hoje? – sem
hesitar ela fechou a porta na cara dele.
- Deus! Que insuportável! – revirou os olhos. Com uma
súbita agitação, pegou seu radinho, colocou uma música:
‘’ Talvez a circunstancia do momento esteja no imaginar.
A luz que hoje está ali, adiante, tão perto, e ao mesmo tempo tão longe; irá,
um dia acender em mim; No duvidar estou a pensar, o motivo de tanta escuridão que circunda meu coração.
E talvez não seja este fulgor.. ‘’ – em um pulo de susto, a
porta foi aberta.
- Chewbacca!
Vai tomar banho... Sua vez! E se depile
logo! – seu irmão saindo rindo e mostrando a língua.
- MANO, SAI DAQUI SEU ESCROTO! – jogou seu ‘’microfone’’
de pelúcia na porta.
-
Thainá Dominguês Benasse
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