MASMORRA CONVENCIONAL
''Uma reflexão... Se eu morresse, e fosse substituída fisicamente, mas,
de personalidade diferente. Será... Será mesmo que notariam? Claro que sim.
Mas, e se o amor era tão grande do qual se negaria a verdade, e aceitasse a
Fatalidade? Por um rosto... Ou uma saudade?'' – ele indagou o seu reflexo.
- Você se culpa por não ser o real, William? – apareceu um
sombra atrás dele, seus olhos eram de um
azul piscina.
- Não, culpo os outros por querer que eu pareça com ele. É injusto...
– não mudou o tom de sua voz grossa, apenas manteve o timbre da sua própria insanidade
dócil.
- Uma substituição parecida... Ah, Que egoísmo o deles. – a sombra se tornou mais
nítida, era ele o qual mais temia.
- É... – a melancolia tomou conta de sua voz, tocou o espelho, e
finalmente encarou aquele vulto tão vivido... Quase tocável. – Porém, o que
adianta me sentir assim, inútil em meu próprio lar? Posso ser um mero objeto
apreciado por hora, posso até se tornar inutilizado logo após, mas minhas convicções
, meus trilhos são os mesmos. Se alguém não me aceita aqui – pisou firmemente no
piso cinza como sua aura. – Aceitará alguém lá fora.
- A masmorra dos ecos! – bradou a forma que agora dará a um jovem de
cabelos negros, alto, e pálido.
- Masmorra? Seria uma se eu não pudesse sair. – encarou-o. – Meu próprio
tormento é ela, e agora, estou dando adeus para ela.
- ECO! ECOS... Irei viver disso agora? – o ser indagou-se.
- Creio que sim. Adeus, meu suplício! – despediu-se.
- Thainá Dominguês
Benasse
Imagens: >> Carolyn Gan << (DESENHOS)
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