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domingo, 7 de maio de 2017

A Ilha Isolada.


Amuado em seu canto procurando no porão, encontrou uma caixinha de recordações... Quando de repente, seu celular antigo apitou.
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Um toque irritante, mas com sensação de alivio. Ambivalente seja.
A mensagem dizia:
‘’ Inspiração. Sim, é o que você me dá. Coragem para viver. Estimulo para caminhar cada dia... Para ver outro nascer do sol e dele ter um significado. Talvez você seja nuvem que o tampa, para dar altivez no nada. ’’
As lágrimas daquele receptor, não era nada de tristeza ou felicidade... Era apenas dele mesmo. Apático consigo mesmo.
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Pois, suas palavras postas em um papel eram para si. Queria fixar no seu interior, para depois exaurir as negatividades que o prende. Que o puxa para uma profundidade quase inabitável a ninguém.
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Queria que tocasse o seu eu. Egoísmo no final.
Ele sorriu... E voltou seus olhos tristonhos na caixa das lembranças.
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Olhando bem a fundo viu uma ilha... Dentro do globo de vidro. Se esforçasse mais um tanto, irei ver a garota ali... Um bilhete estava preso com uma fita adesiva no globo de enfeite. 
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Dizia:
‘’Nesta ilha isolada estava ela... O frio a abraçava, o vento acariciava, e as estrelas pequeninas encarava-a.
Seu coração latejava, o céu era misterioso todo a vermelhado. Uma nevoa de poeira jogada ao ar aparentava.
Era a noite que eles se conheceram. A lua estava parecendo uma pintura destacada pelo céu rubro.
Sim, fora a noite que eles se conheceram.
Ele chegou de fininho, como o cheiro das flores, inusitado e doce. Ela desejava mais daquilo. Seu olor, sua textura, sua beleza. Porém, quando ela ansiava tocar, os espinhos ficavam a mostra. Ou então, ele se ia com a brisa.
Quiçá, permanecia a marca dos furos que foram feitos por uma delicada planta.
Na mesma noite em que ele a envenenou, ele se foi igual uma maré que leva embora as conchinhas na praia. O problema que ele apressou sua própria oscilação.
No fim, ele fora divino por ir e vir quando pretendia. Colhi o que semeie.
À noite... Em que eles se conheceram. ‘’

Fez sentido agora. Talvez ele seja um espinho na mão do remetente. Ele precisava deste desconforto para procurar a verdadeira cura. Ou então, perceber suas verdadeiras bênçãos.
Por falar a verdade, mesmo machucando, ele desperta o sincero. Grande feito...Senhor Egoísta. Que orgulho afinal.

- Thainá Dominguês Benasse                



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