A
camiseta remendada.
‘’Sabe, nunca pensei que uma lembrança de um
velho amor intenso, poderia ser um conforto no futuro. ’’
– pensou ela, sentada a beira da sua cama,
com seu chá já feito.
‘’Alecrim,
por favor’’ – se fez
esse favor.
‘’Quem diria que em meios a
promessas passadas, a histórias contadas, risos dados, choros abafados juntos, ciúmes
dramáticos, se transformou em uma camiseta deixada para trás. ’’
–
assopro seu chá fervente, sentiu o seu aroma, e continuou a escrever, enquanto
se emocionava.
‘’ Veja só, ela está com um
buraco enorme, cabe meu braço, mas não me desfaço dela. E nem consigo a remendar.
Inútil sou, não está memória. ‘’
–
derramou um tanto do seu chá em sua recordação. ‘’Merda... ’’ – não escreveu
é claro, apenas pegou seu pano, já deixado ao seu lado, por suposta ocorrência... Desastrada.
‘’ Estou vestindo ela. Já derramei esmalte, chás, comida...
Lágrimas, sorrisos tímidos. Não me desfaço delas.
Não quero. Não por que sinto
saudade... No entanto, um apoio do passado. Com ele, aprendi a dar valor em
muita coisa, e desimportancia com outras. Obrigada, querido. ‘’
– resistir para quê? Pegou seu pequeno
rádio, colocou seu pen drive, e ouviu a música do momento, do seu instante.
EXTRA:
- Thainá Dominguês
Benasse
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