‘’E agora, senhorita? ‘’
-- ela escrevia atordoada.
-E agora? – perguntei-me. - Ela tinha escrito para mim no passado que ela
amava doces... ‘’
E agora? Não consigo sentir o sabor do doce, e apenas do amargo em
vida.
E o pior de tudo, é que me acostumei, e aprendi a gostar. Tecendo
um ciclo sem fim, ao qual não se espero mais um açúcar de atitudes, e a
singularidade de um gesto, apenas a ruptura de frases e agires.
‘’ Meu eu do futuro, você
está gostando do que estar provando agora? Aposto que sim! Ah! Imaginei este seu
presente... E divaguei que estaria aproveitando os méis de toda uma vida!’’
- a caligrafia era avulsa e cheia de emoções, mas direta e limpa. Coitada!
‘’ Cara, eu do passado, não
receberá está carta, mas te garanto que irá revisar o que passou, e
diagnosticar seu presente. Saiba que apesar dos docinhos serem perdidos, ou a
vontade de experimenta-los, te garanto que estou bem com o amargo, sabe por quê?
‘’ – respirou, urrou para si mesma, VAI! – ‘’ Por que pelo menos, pelo menos... ‘’
‘’- Não se cria expectativa, e se surpreende
(mais ou menos), com a vida. ‘’
- Thainá Dominguês Benasse
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